Raul Soares |
Na cabeça do moribundo que se levanta
A pedir água fria à mulher que canta
Para a ilha que naufraga se afunde...
É avançar da hora onde o verde invade
O vento uiva triste a cortar a campina
Enquanto assopra o morcego em rubra sina
Por traz do escuro enredo de sua maldade...
Sabe! Atrai o que se aloja dentro do arvoredo,
Atrai o que esconde mistério e faz segredo,
Quando inerte em busca só se quer resposta...
Às vezes parece tão igual o bonito e o feio,
Quando a realidade só quer que dêem freio
Ao que não deve ser e se dirige à nossa porta.
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