Não quero ver a sombra que envolve o cordeiro,
Mas sei que isso não é simples desse jeito,
Dois pilares são que sustentam o paradeiro
Do que há em nosso ser de mais perfeito.
É difícil, viver sobre o planalto cambaleante,
Sob o olhar dos planetas a contemplar o jogo,
No malabarismo da vida, de cada infante,
Buscando no calor a água e no frio o fogo.
O estorvo, a convir, a quem abriga extrema calma,
Na tarde outonal de um coração trêmulo e perdido
De um amor que o verão inundou a alma.
Perdões cem vezes ao clarão de um luar
Flor e espinho imerso em um riacho emudecido
A refletir como um espelho o pássaro a cantar.
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